Mas não é que a poesia cabe em todo lugar? Caminha junto com despachos, sentenças, sem nenhum embargo ou recurso, célere como deve do processo trabalhista. Aconteceu na 3ª Vara do Trabalho de Maceió, onde trabalhadores, servidores, jurisdicionado e poetas alagoanos, respiraram poesia por todos os poros.
A empolgação do público após Martinha declamar Adeus, da autoria de Sandra Salgado
Foi por ocasião da 2ª edição do Projeto “Justiça à poesia”, de iniciativa dos servidores daquela Unidade Judiciária, capitaneado pela Diretora de Secretaria, Sandra Magalhães Salgado, e com o apoio do Juiz Titular, Manoel Hermes de Lima, nas vésperas de sua aposentadoria, e da Presidente do Regional (19ª Região), Desembargadora Vanda Lustosa.
Esse projeto consiste na exposição de poesias de autores alagoanos em varais improvisados dispostos no hall da 3ª VT, cujas poesias estavam franqueadas a todos.Essa iniciativa foi inspirada no Projeto “Papel no Varal”, do Poeta Ricardo Cabús, que espalha poesia pelos logradouros de Maceió.
As organizadoras do projeto ao lado da escritora alagoana Arriete Vilela
A coisa se deu assim: servidores declamando, música compondo um cenário leve com os circunstantes contemplando o varal, bem como escolhendo as suas poesias favoritas para levá-las. Eita coisa boa! Até a magistratura se empolgou. Saiu dos seus gabinetes, pausou os textos técnico-jurísdicos e foi para a antesala de audiência declamar poesia de sua autoria.
Martinha emociona declamando Ah! Poeta, de Simone Moura e Mendes
O negócio já pegou. Vem por aí a 3ª edição! Não é que os idealizadores do projeto conseguiram seu objetivo, que é justamente humanizar a Justiça, poetizando-a. Nem parecia que pilhas e pilhas de processo os aguardavam. Voltaram felizes e soltos para seus bureau e a produção correu a passos céleres.
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